O Coro Misto Santa Cecília de Gaspar é um dos grupos corais mais antigos em atividade ininterrupta do Brasil, com uma história que remonta a 1898. Fundado pelo músico religioso Frei Pedro Sinzig, o coro tem desempenhado um papel significativo na formação cultural do município de Gaspar, em Santa Catarina.
Ao longo de 125 anos, o coro tem se dedicado à difusão do canto coral, apresentando-se em cerimônias religiosas, concertos, recepções e eventos culturais e cívicos. Em 2019, o Coro Misto Santa Cecília foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Gaspar, destacando sua importância para a comunidade.
Recentemente, foi lançado um livro intitulado “Coro Misto Santa Cecília de Gaspar: uma epopeia de vozes”, escrito por Celine Bohn Gaertner e Leandro Gaertner. A obra narra a trajetória do coro através de entrevistas, documentos, fotos e relatos de membros que fizeram parte dessa história. Atualmente, o coro é regido por Denilson Carlos Creuz e é composto por 28 voluntários de diversas idades, interpretando músicas populares, clássicas, folclóricas e sacras em vários idiomas.
Meu relato de participação no Coro Misto Santa Cecília começa pelo exemplo da minha mãe, Matilde Zimmermann (Rossini), filha de Belmiro Rossini e Apolonia Rossini, que nasceu em Brusque (SC) em 04 /09/1915. Foi casada com Hercilio Fides Zimmermann desde 1936. Iniciou no Coro em 1929 e sua voz era contralto. Participou do Coro até 1959.quando faleceu.
Eu e minha irmã Emília participávamos, junto com nossa mãe. Porém, após seu falecimento e não havendo pessoas adultas para acompanhar-nos, não nos foi permitido continuar.
Já em 1982, minha amiga Cordélia de Souza, me convidou para retornar ao coro. Participei de setembro de 1982 até 2023, inicialmente cantando também no contralto. Porém, depois de uma avaliação vocal, mudei para o soprano, onde cantei até sair. Ficou mais complicado para participar dos ensaios e compromissos porque eu vim morar em Blumenau, dependendo de ônibus e caronas para comparecer aos ensaios e compromissos assumidos pelo grupo.
Por fim, quando complicou para o meu caroneiro, que também cuidava de sua mãe e não podia ir mais aos ensaios decidi, não por minha vontade, não participar mais. Fiquei bem triste, pois gostava da convivência do grupo e de fazer algo que me edificava como pessoa. Participei 41 anos e 3 meses.
Mas o canto coral faz parte de mim e hoje, para não deixar de cantar, estou participando do Coro Santa Terezinha que fica no bairro Escola Agrícola, em Blumenau.